ESCRITOR BRITÂNICO MOSTROU NO COLÉGIO TAMANDARÉ COMO ENSINAR INGLÊS USANDO O PORTUGUÊS

Um novo método para motivar os estudos de língua inglesa que não menospreza o conhecimento do Português. Assim foi a palestra realizada no Colégio-Curso Tamandaré de Nova Iguaçu em parceria com a editora britânica Richmod. O Tamandaré será a primeira escola da Baixada a adotar o inovador método do educador inglês.

A palestra “Como usar o Português para aprender Inglês” foi dividida em dois módulos. No primeiro, aberto ao público em geral, a palestra foi em português quando Paul explicou o seu método de ensino. Já o segundo módulo foi mais pedagógico e metodológico, direcionado a educadores e diretores com explicações em Inglês. Professores do CNA, Cultura Inglesa, Brasas, Colégio Equipe entre outros participaram. O método de Paul Seligson já foi adotado pelos laboratórios de ensino de língua estrangeira das seguintes universidades: PUC, UFRJ e UFF, além do Colégio Militar.

Na palestra, o escritor Paul Seligson derrubou muitos mitos do ensino do idioma, como o de “pensar somente em inglês”, muito utilizado nos cursinhos. Para o escritor a idéia de evitar a tradução não tem sentido algum, pois “é impossível fazer alguém parar de pensar ou traduzir”. Como o Inglês tem a mesma origem do Português, ou seja, o Latim ele sugere que sejam apresentadas palavras semelhantes, respeitando o conhecimento que aluno já possui.

De acordo com o escritor mais de 80% do inglês no mundo não envolvem os nativos da língua e por isso os brasileiros não deveriam se sacrificar para ter uma pronuncia perfeita porque nunca irá perder o sotaque que na avaliação dele é até sexy. “O aluno deve se ocupar em aprender o inglês adequado para se comunicar, afinal durante muitos anos irá falar o inglês brasileiro. E parabéns, que seja assim”, explica Paul, lembrando que chineses e árabes também falam com sotaque.

Segundo o educador o aprendizado precisa superar muitas barreiras e que poderia ser simplificado. Ele afirma que “aprender é escutar” e que os professores não deveriam se ocupar tanto com a gramática já que ninguém “fala gramática”. “Todos os alunos cantam em inglês sem saber o que estão dizendo”. Assim sugere que durante o dia o estudante ouça mais música e veja filmes em inglês para aprender tendo em vista o curto tempo das aulas nos cursos, em torno de uma hora. “O aprendizado é 45% auditivo, 30% fala, 16 % leitura e 9% escrita”.

O método é indicado para maiores de 11 anos já que a partir dessa idade o aluno começa mentalmente a traduzir. “O brasileiro sofre para aprender porque utilizam uma metodologia sádica e eu não acredito nisso. A maioria dos brasileiros não chega ao intermediário e gasta muito mal seu dinheiro em cursos”. Em relação aos menores aconselha a imersão, pois as crianças aprendem “como esponjas”.

O método de Paul tem a língua mãe como aliada na aquisição do conhecimento do inglês e não evita a tradução, porém mostra os erros que são cometidos ao tentar traduzir. “Em todos os cursos mandam esquecer o português e pensar em inglês e, quando dizem isso, você já pensou, porque o pensamento não tem língua, são apenas pensamentos e impossíveis de serem evitados”.

Outro ponto crítico no ensino apontado pelo escritor são os livros. “O critério é sempre comercial. As editoras britânicas elaboram para árabes e europeus e as editoras americanas tem como alvo a Ásia. Enfim são escritos para outros e adotados aqui. O Brasil, como sempre, sofre à toa”.

Paul Seligson conhecido autor de livros para o ensino de Lingua Inglesa é autor de mais de 40 livros e inúmeros artigos em revistas internacionais. Ele também dá consultoria em importantes Universidades na Europa, Norte da África, Ásia e América Latina. Seligson viaja o mundo sempre participando de palestras dedicadas a professores e estudantes.

Segundo a coordenadora pedagógica da Editora Richmon, Rozana Bergfeld e a consultora para a Baixada Fluminense, Elma Lucas, o livro English Id (identidade) foi lançado ano passado e é dedicado ao aluno que está começando. O objetivo é usar o Português como aliado na aquisição de conhecimento da língua inglesa. “Não parte do zero, mas aproveita o conhecimento que o aluno possui da própria língua”, explica Rozana, informando que o livro é direcionado a cursos de médio e grande porte que não usam material próprio, embora muitas escolas possam utilizar esse material.

O diretor do Colégio-Curso Tamandaré, Ricardo Amorim disse a Paul Seligson que a proposta é inovadora e que irá adotar na escola com alunos a partir da faixa etária indicada pelo escritor. Em tempo, no colégio o ensino do Inglês é levado a sério e tem por objetivo que os alunos possam se comunicar bem no idioma, além de preparar para exames internacionais. “O nosso aluno não precisa fazer curso de inglês porque está incluído na grade curricular de forma que o aluno tenha fluência verbal e escrita”.






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